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quarta-feira, 27 de julho de 2011

O vinho na opnião de uma da grandre entendedora de vinho, Geini Mafra !!!

Parte do "Artigo publicado na Revista Wine Style, número 1, em 2005, escrito pelo Dr. Gustavo Andrade de Paula (médico e diretor de Degustação da ABS-SP/Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo)."


"Vinum bonum lætificat cor hominis"
"O vinho bom alegra o coração do homem"
Salmo 53

Um pouco de História do Vinho na Cura

Desde a antigüidade, o vinho apresenta-se intimamente ligado à evolução da medicina, desempenhando sempre um papel principal. Os primeiros praticantes da arte da cura, na maioria das vezes curandeiros ou religiosos, já empregavam o vinho como remédio. 


Papiros do antigo Egito

Papiros do Egito antigo e tábuas dos antigos Sumérios(cerca de 2200 a.C.) já traziam receitas baseadas em vinho, o que o torna a mais antiga prescrição médica documentada.


Hipócrates-grego que cuidava da saúde-
Cós460Tessália377 a.C.

O grego Hipócrates (cerca de 450 a.C.), tido como o pai da medicina sistematizada, recomendava o vinho como desinfetante, medicamento, um veículo para outras drogas e parte de uma dieta saudável. Para ele, cada tipo de vinho teria uma diferente função medicinal.


Galeno - médico e filósofo romano de origem grega
-Pérgamo, c. 129 d.|C.- provavelmente Sicília, c. 217

Galeno (século II d.C.), o mais famoso médico da Roma antiga,empregava o vinho na cura das feridas dos gladiadores,agindo este como um desinfetante.

Também os Judeus antigos tinham o vinho como medicamento. Segundo o Talmud, "sempre que o vinho faltar, a medicina tornar-se-á necessária".


Talmud-registro das discussões rabínicas contendo
 lei, ética, costumes e história do judaísmo.

Foi na Universidade de Salermo (Itália), fundada no século XI, que a importância do vinho sobre a dieta e a saúde foi codificada. Lá, correntes clássicas e árabes se fundiram, fornecendo as bases da medicina européia. O "Regime de Salermo" especificava "diferentes tipos de vinho para diversas constituições e humores".

Avicena (século XI DC), talvez o mais famoso médico do mundo árabe antigo, reconhecia a importância do vinho como forma de cura, embora seu emprego fosse limitado por questões religiosas.


Avicena médico e filosofo persa
-Bucara, 980 - Hamadã, 1037

O uso medicinal do vinho continuou por toda a Idade Média, sendo divulgado principalmente por monastérios, hospitais e universidades.

Até o século XVIII, muitos consideravam mais seguro beber vinho do que água pois esta era, freqüentemente, contaminada. 


Louis Pasteur -cientista francês-Dole, 27/12/ 1822
-Marnes-la-Coquette, 28/9/1895

Em 1865-66, Louis Pasteur, o grande cientista francêsnascido na região do Jura (terra dos famosos vin jaune e vin de paille), empregou o vinho em diversas de suas experiências, declarando que o vinho é "a mais higiênica e saudável das bebidas".

Em 1892, durante a grande epidemia de cólera em Hamburgo, o vinho era adicionado à água com intuito de esterilizá-la.


1892-Hamburgo-Alemanha- os cuidados pelo perigo da Cólera

A partir do final do século XIX, a visão do vinho como medicamento começou a mudar. O alcoolismo foi definido como doença e os malefícios de seu consumo indiscriminado começaram a ser estudados. Nas décadas de 70 e 80, o consumo de álcool foi fortemente atacado por campanhas de saúde pública exaltando as complicações de seu uso em excesso. Entretantovárias pesquisas científicas bem conduzidas têm demonstrado que,consumido com moderação, o vinho traz vários benefícios à saúde.

Consumo do vinho precisa ser Moderado

O consumo moderado
  
"Nem muito e nem muito pouco" parece ser o princípio para se realçar os efeitos benéficos do vinho sobre a saúde. Entretanto, as autoridades de saúde de vários países têm encontrado dificuldade em estipular o que pode ser considerado "consumo sensato". Na França, a ingestão de até 60 g de álcool por dia é segura para homens. Por outro lado, no Reino Unido, recomenda-se menos de 30 g por dia.


"Nem muito e nem muito pouco"

Vários são os fatores que influenciam estes limites: sexo, idade, constituição física, patrimônio genético, condições de saúde e uso de outras substâncias (drogas, medicamentos etc). Em linhas gerais, um homem pode consumir até 30 g de álcool por dia. Para as mulheres, por diversas razões (menor tolerância, menor proporção de água no organismo etc) recomenda-se até 15 g por dia. 
A diferença entre consumo moderado e exagerado pode significar a diferença entre prevenir e aumentar a mortalidade. 



Além da quantidade, a regularidade também é importante para se obter os efeitos benéficos do vinho. Os que exageram nos finais de semana e se poupam nos outros dias podem sofrer todos os malefícios da ingestão exagerada e aguda do vinho sem nenhum ganho para a saúde.
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NEWS.MED.BR, 2011. Vinho e Saúdeconfira artigo sobre os benefícios do vinho para a saúde.

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Compilado por geni mafra souza.

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