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quarta-feira, 27 de julho de 2011

O vinho !!!

O vinho é uma bebida alcoólica produzida por fermentação do sumo da uva.

A composição química das uvas permite sua fermentação sem a adição de açúcares, ácidos, enzimas ou outros componentes. A fermentação das uvas ocorre pela ação de vários tipos de leveduras – fungos que se apresentam sob forma unicelular – que transformam os açúcares naturais das uvas em álcool. Dentro da pluralidade dos tipos de vinho existentes, são usados muitos tipos diferentes de uvas e leveduras.

A história do vinho é longa e data, pelo menos, de 8000 a.C., tendo surgido nos territórios onde atualmente localizam-se a Geórgia e o Irã. Estima-se que o surgimento do vinho na Europa tenha acontecido há cerca de 6500 anos, nas regiões onde hoje se localizam a Bulgária e a Grécia. Na Grécia e Roma antigas o vinho já era muito apreciado.

O vinho tem grande importância na história da humanidade, pois acompanhou a evolução econômica das sociedades orientais e ocidentais. Cada cultura conta a história da bebida de forma diferente, no entanto do ponto de vista histórico é impossível precisar exatamente quando a bebida surgiu, pois surgiu antes da escrita. O cultivo das videiras só começou quando os nômades se tornaram sedentários, acredita-se que a Geórgia foi o primeiro lugar do mundo onde se produziu vinho, pois foram encontradas lá graínhas datadas entre 7000 a.C. e 5000 a.C..

O povo egípcio foi o primeiro a documentar o processo de produção do vinho e o uso do mesmo em festividades de seu povo, através de pinturas e documentos. O consumo do vinho não era aberto a todos. Os faraós ofereciam vinhos e vinhedos aos deuses, os sacerdotes usavam a bebida em rituais, os nobres em festas e comemorações, e o restante da população não tinha condições de comprar a bebida que era cara e restrita às classes dominantes. Os primeiros enólogos foram egípcios.

O consumo do vinho aumentou no Egito e, junto ao azeite de oliva, veio a se tornar um importante produto para a economia da sociedade, alimentando tanto o mercado interno como o externo. Foi então que, a partir de 2500 a.C., os vinhos egípcios foram exportados para a Europa Mediterrânea, África Central e reinos asiáticos, através dos Fenícios, e somente chegou à Grécia em 2000 a.C..

O vinho passou a ser produzido ao longo da costa do Mediterrâneo e se tornou um importante símbolo cultural para a Grécia, bem como teve papel fundamento no desenvolvimento econômico grego. Na mitologia grega, Dionísio, filho de Zeus, era o deus das belas artes, do teatro e do vinho. Por conta disso, a bebida passou a ser mais cultivada e cultuada que no Egito, além de ser acessível a todas as classes. Somente no ano 1000 a.C. os gregos passaram a plantar videiras em outras regiões da Europa, e a bebida passou a ser conhecida na Itália, na Sicília e em toda a península Ibérica. Foi fundada Marselha e os gregos passaram a comercializar o vinho com os nativos, fazendo com que, por fim, a bebida chegasse ao território da futura França.

Em Roma os vinhedos ficavam em áreas interioranas e regiões conquistadas, já que a bebida servia praticamente como uma “demarcação de território”, como arma de implantação da própria cultura romana nas áreas conquistadas. Na mesma época em que o vinho chegou em Roma, começou a ser cultivado também na Grã-Bretanha, na Germânia e na Gália – atual França.

O continente americano veio conhecer a bebida apenas na Idade Moderna, com o advento das grandes navegações, no momento da colonização espanhola.

Com a Revolução Industrial, o vinho perdeu muito em qualidade, já que passou a ser produzido com técnicas menos artesanais, para a produção em massa. No entanto, no século XX a produção de vinho recuperou muita qualidade através do uso de novas tecnologias e descobertas genéticas.


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