Ora bem! Cá estamos mais uma vez a falar deste tão amado néctar de uvas devidamente fermentado. Vamos tocar levemente nas combinações de vinhos e pratos.
Cada vinho por si só possui suas qualidades e seus defeitos característicos os quais podemos degustar, avaliar e nos deliciar em cada garrafa. Tirando a parte do deliciar, o que nem sempre é verdade, tudo muito óbvio até agora. Mas ai nos deparamos com o jantar, uma das mais costumeiras horas para abrir um bela garrafa, digamos… Um malbec com alguns anos de guarda, devemos nos preocupar então a harmonização deste vinho, ou seja, com o que devemos servir enquanto a degustamos.
Sem hesitar um profissional diria logo um prato de carne vermelha, grelhada de preferência e forem poucos anos de guarda, suficientes para refiná-lo, mas não para tirar-lhe a vivacidade. Vai um churrasquinho de gato? Mas e se fosse um alvarinho, cãs ta nobre portuguesa da região do minho, vinhos verdes? Que tal um belo espaguete a Bolognesi?
Pratos simples que quando bem confeccionados tornam-se refeições de reis.
O nosso paladar satura durante uma refeição e por isso não sentimos exatamente o mesmo gosto do primeiro ao último gole, ou garfada. Por isso devemos harmonizar o que comemos com o que bebemos a fim de que tais sensações não se percam durante a refeição. Inclusive modificam-se mediante os sabores de um e de outro.
É claro que comer uma dourada cozida com cabernet sauvignon estraga os dois, entretanto não existem regras claras para realizar tais combinações. Das grandes escolas de hotelaria, apenas a francesa fornece um decálogo de regras que facilitam a harmonização.
- nenhum grande vinho licoroso branco deve ser servido com carnes de caça ou vermelhas
- nenhum grande vinho tinto deve ser servido com peixes, crustáceos e moluscos. A não ser que você conheça bem e saiba o que está fazendo. Temos bons exemplos de vinhos tintos com peixe.
- os vinhos brancos devem ser servidos antes dos tintos (sem preconceito)
- os leves antes dos robustos. (como na fila da escola)
- os mais frios ao mais quentes de acordo com a temperatura (ta esquentando…)
- devem seguir uma graduação alcoólica crescente. (assim a galera não vê que ta ficando bêbada)
- cada prato combina com seu vinho (óbvia essa, né?)
- os vinhos devem ser servidos na sua melhor estação (beber vinho tinto a 40 °C é dose!)
- Cada vinho tem de ser separado de um subseqüente gole de água (vai me dizer que francês segue esta regra!)
- Numa refeição nunca se deve servir apenas um grande vinho (depois me perguntem porque ficam elitizando esta bebida fenomenal)
Deste decálogo pode-se fazer combinações mais facilmente, epero que vos ajudem a desfrutar ao máximo de suas boas refeiçoes.
Aproveito pra ressaltar aqui que porto com queijo curado ou fermentado é ótimo, salada com citrinos, assim como frutas frestas ou saladas de frutas se bebe só com água. Além disso, na sobremesa os espumantes doces caem melhor que os brut, embora os últimos sejam de maior qualidade. Afinal amenizam o doce em cada gole, enquanto o brut acaba por tornar-se demaziado ácido e a sobremesa doce demais, deixando-nos sem sentir as nuances frutadas ou florais de um e de outro em sua máxima expressão.
Dicionário organoléptico
Corpo: conjunto de elemntos que compõem um vinho, i.e, álcool, glicerina açúcar.
Curto: Vinho pouco persistente, de final curto.
Vinho colorido: Vinho que anda a tentar ficar com as cores do arco-íris, igual a absolut comemorativa. Eu, hein?
Curto: Vinho pouco persistente, de final curto.
Vinho colorido: Vinho que anda a tentar ficar com as cores do arco-íris, igual a absolut comemorativa. Eu, hein?
Grande abraço.
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