"Nosso estudo sugere que o consumo, de leve a moderado, é inversamente relacionado à demência entre idosos de mais de 75 anos de idade", escreveram os cientistas. A equipe também encontrou resultados semelhantes em relação à doença de Alzheimer, classificada como uma forma específica de demência.
Os resultados fazem parte de um estudo mais abrangente sobre o envelhecimento, cognição e demência em doentes de cuidados primários em toda a Alemanha. Para este relatório, a equipe acompanhou um grupo de 3.202 pacientes durante três anos. Metade dos entrevistados não bebia álcool, e quase nenhum bebia muito (mais do que quatro doses por dia). Depois de três anos, 217 dos indivíduos sofriam de demência. Os cientistas compararam seus estilos de vida à ocorrência de doença cognitiva.
Embora o número de voluntários seja relativamente pequeno, os pesquisadores disseram que o poder de medir resultados com precisão é melhorado através da comparação com estudos em maior escala, que incidiam sobre uma ampla faixa de idades. E apesar do pequeno tamanho da amostra, o estudo está recebendo a atenção da comunidade médica. O Fórum Científico Internacional de Pesquisa em Álcool verifica, independentemente, estudos como este. O Fórum, composto por pesquisadores médicos, considera que são fortes os resultados do estudo alemão. No entanto, os pesquisadores não oferecem muita explicação para os resultados, argumentando que o "fenômeno de sobrevivência" pode ser simplesmente mais forte nas populações mais velhas. O Fórum Internacional sugeriu suas próprias teorias, depois de rever o texto. "As pessoas felizes e com muitos amigos têm mais oportunidades de beber socialmente e, nesse estudo, o consumo de álcool foi significativamente associado com fatores de proteção para o desenvolvimento de demência: melhor educação, não viver só e ausência de depressão", disse Erik Skovenborg, membro do Conselho Médico Escandinavo do Álcool, na Dinamarca. Skovenborg notou, entretanto, que mesmo após a consideração destes e outros fatores, o risco de demência ainda era significativamente menor entre os que consumiam álcool, de leve a moderadamente. Além do mais, os efeitos benéficos do álcool aumenta acentuadamente entre os que beberam vinho.
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